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Algumas obras de Tolstói

tolstoi-2ft
  • Infância (1852)
  • Adolescência (1854)
  • Juventude (1856)
  • Crônicas de Sebastopol (1855-1856)
  • A felicidade conjugal (1858)
  • Cossacos (1863) - descreve a vida deste povo.

Anna Karenina - e-book - Tolstói

Entre os romances breves de Tolstoi, o mais importante é Ana Karenina, um dos melhores romances psicológicos da literatura moderna.

anna_kareninaNa refinada São Petersburgo do século XIX, Anna Karenina desfruta de uma vida aristocrática ao lado do marido de meia-idade, o burocrata Aléxis Karenin, e do filho. Quando vai a Moscou visitar o irmão, ela conhece o conde Vronsky, um jovem oficial de alta patente da Guarda Imperial.
Ao se conhecerem, surge uma paixão avassaladora entre ambos. Eles dançam juntos, ela se sente invadida pela coragem e audácia dele, ela toma o trem e ele consegue pará-lo no meio da noite para dizer~lhe que precisa tê-la. Ainda que atormentados pela culpa e pelo remorso e desafiando todas as convenções, eles ficam juntos. O marido dela a ameaça de nunca mais poder ver o filho do casal. Ao mesmo tempo, ela se descobre grávida do amante.
O progresso da relação deles é contrasta..da com o romance e casamento de dois de seus amigos, Levin e Kitty, que a princípio não parece que vai dar certo, mas que, à medida que a relação se aprofunda, a felicidade e a realização vão se tornando cada vez mais evidentes.
Anna paga o preço da felicidade com a distância do filho, o vício do ópio e talvez, com a própria vida.

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Anna Karenina - Tolstói

Uma das melhores obras de Tolstói, o romance Ana Karenina narra a história do amor difícil e controvertido vivido pela protagonista Ana na Rússia czarista.

anna-kareninaAnna Karenina (Анна Каренина), ou Ana Karênina, em algumas traduções (Anna Karienina, na transliteração direta para o alfabeto latino) é um romance do escritor russo Leon Tolstói, publicado entre 1873 e 1877. É uma das obras primas do autor, ao lado de Guerra e Paz.
Este romance tem um dos inícios mais conhecidos da literatura mundial: "Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira".

Sinopse

A trama gira em torno do caso extra-conjugal da personagem que dá título à obra, uma aristocrata da Rússia Czarista que, a despeito de parecer ter tudo (beleza, riqueza, popularidade e um filho amado), sente-se vazia até encontrar o impetuoso oficial Conde Vronski.

Algumas obras de Tolstói

tolstoi-2ft
      
  • Infância (1852)
  • Adolescência (1854)
  • Juventude (1856)
  • Crônicas de Sebastopol (1855-1856)
  • A felicidade conjugal (1858)
  • Cossacos (1863) - descreve a vida deste povo.
  • Guerra e Paz (1865-1869) - é uma monumental obra, na qual Tolstói descreve dezenas de diferentes personagens durante a invasão napoleônica de 1812, na qual os russos incendiaram Moscou ou Moscovo.
continuação...
  • Anna Karenina (1875-1877) - conta as histórias paralelas de uma mulher presa nas convenções sociais e um proprietário de terras filósofo (reflexo do próprio Tolstói), que tenta melhorar a vida dos seus servos.
  • Confissão (1882)
  • O reino de Deus está em vós (1894)
  • A morte de Ivan Ilitch (1886)
  • A sonata a Kreutzer (1889)
  • O que é arte? (1898)
  • Ressurreição (1899)
  • Babine - o parvo - peça de teatro infantil
  • Obras Pedagógicas
  • Não posso me calar
  • Contos populares
  • O Diabo e Outras Histórias - volume de contos
  • Contos da Nova Cartilha - 2005
  • Kholstomér, a História de um Cavalo

Guerra e Paz - Volume 2 - Tolstói

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O Livro Dois começa com Nicolau Rostov voltando para sua casa em Moscou para uma visita breve, no início de 1806. Nicolau encontra a família às voltas com a ruína financeira devido à má administração do patrimônio. Com Denisov, passa um inverno agitado em Moscou. Natasha transformou-se numa bela moça e é assediada por Denisov mas não o aceita. Apesar dos pedidos da mãe para encontrar um partido com boas perspectivas financeiras para casar-se, Nicolau rejeita essa sugestão e promete casar-se com seu amor de infância, sua prima Sônia, orfã e sem fortuna.

continuação...
Se existe um personagem central em "Guerra e Paz" ele é Pedro Bezukhov que, após receber uma herança inesperada, de repente vê-se às voltas com as responsabilidades e conflitos inerentes a sua nova posição social. Ele então casa-se com Helena, bela e imoral filha do príncipe Kuragin, mesmo que contra seu próprio julgamento. Frente aos numerosos casos da mulher, ele permanece desajustado, duela com um desses amantes e sente-se angustiado quando tudo isso acontece. Junta-se então à franco-maçonaria. A maior parte deste livro dedica-se às lutas de Pedro contra suas paixões e seus conflitos espirituais na busca por tornar-se um homem melhor. Agora um rico aristocrata, vê desvanecer seu comportamento irresponsável e inicia uma busca pessoal: como viver uma vida moral dentro de um mundo eticamente imperfeito? Esta pergunta constantemente perturba e confunde Pedro. Ele pretende libertar seus servos mas sempre termina por protelar a decisão.
Batalha de Austerlitz - Quadro de François Gérard

Pedro é constantemente confrontado com a inteligência e ambição de André Bolkonsky. Na Batalha de Austerlitz, André é inspirado por uma visão de glória e lidera uma carga do exército mas sofre um ferimento quase fatal que o deixa inconsciente. Em face da morte, André percebe que toda a sua antiga ambição é inútil e que mesmo seu herói, Napoleão (que o resgata quando de uma inscursão a cavalo pelo campo de batalha), é aparentemente tão venal quanto ele.

O príncipe André recupera-se dos ferimentos em um hospital militar e volta para casa, apenas para saber que sua mulher, Lisa, morreu durante o parto. Sente-se então culpado por não ter tratado a mulher melhor enquanto ela ainda estava viva.

Sobrecarregado com o peso desta desilusão niilista, André retira-se para uma vida anônima em sua propriedade até que é conduzido a uma discussão filosófica por Pedro, que um dia vai visitá-lo. Ao percorrer a propriedade ele faz a seguinte pergunta: onde está Deus neste mundo amoral?

A jovem Natasha encontra André em seu primeiro baile e o revigora brevemente com sua vivacidade. André passa a crer ter encontrado uma proposta de vida novamente. No entanto, os planos de casamento imediato do casal têm que ser postergados para um ano de comprometimento antes do casamento, por solicitação das famílias.

Quando o príncipe André reassume seus encargos militares, Helena e seu sedutor irmão Anatole conspiram para que este seduza e desonre a jovem, ainda imatura e agora bela Natasha Rostova. Eles a seduzem com planos de raptá-la porém, graças à prima Sônia e a Pedro, vêem estes planos fracassarem. Esta situação propicia com que Pedro tenha um importante encontro com Natasha e sinta-se apaixonado pela moça. A passagem do Grande Cometa de 1811-2 pelos céus coincide com um novo começo de vida para Pedro.

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Guerra e Paz - Volume 1 - Tolstói

KutuzovborodinoA novela começa na cidade russa de São Petersburgo, numa festa dada em julho de 1805 por Anna Pavlovna Scherer - dama de honra e confidente da rainha mãe Maria Feodorovna. Os principais personagens e famílias aristocráticas da novela são conhecidos aqui. Pedro Bezukhov é filho ilegítimo de um conde abastado à beira da morte e é inesperadamente envolvido em uma disputa pela herança. Educado na França, com a mãe morta, Pedro é essencialmente bondoso mas sem tato social, de natureza aberta, e sente dificuldades para se integrar à sociedade de São Petersburgo.
Csar Alexandre I.

continuação...
O amigo de Pedro, o inteligente e sardônico príncipe André Bolkonsky, marido da encantadora Lisa, também comparece à festa. Julgando a sociedade de São Petersburgo enjoada e sentindo-se desconfortável com a vida de casado, André escolhe ser ajudante de campo do príncipe Mikhail Kutuzov na Guerra da Terceira Coalizão contra Napoleão.

Tolstói desvia então a ação para Moscou, a velha cidade russa, em contraste com São Peterburgo. A família Rostov, residente na cidade, será um dos mais importantes núcleos da novela. A família do conde moscovita Ilya Rostov possui quatro filhos adolescentes. A jovem Natasha está supostamente apaixonada por Boris, um oficial disciplinado e também seu parente. O irmão, Nicolau, faz juras de amor juvenil a sua prima mais nova, Sônia. A filha mais velha, Vera, é fria e, de alguma forma, arrogante mas tem uma boa perspectiva de casamento com um oficial alemão, Berg. Pétia é o caçula da família Rostov; como seu irmão, é impetuoso e anseia por se juntar ao exército ao chegar a idade. Os cabeças da família, Conde Ilya Rostov e Condessa Natalya Rostova, formam um casal afetuoso mas sempre envolvidos em dificuldades financeiras.

O príncipe André, ao partir para a guerra, deixa sua esposa grávida na casa de campo da família com seu pai, o excêntrico Príncipe Nikolai Andreivitch Bolkonsky, e sua irmã Maria Bolkonskaya.

A segunda parte deste livro abre-se com a descrição dos preparativos da eminente guerra franco-russa. Na Batalha de Schöngrabern, Nicolau Rostov, agora lotado ao esquadrão de hussardos, tem seu batismo de fogo. Ele conhece o príncipe André de quem, a princípio, não gosta. Como todos os jovens soldados ele se sente atraído pelo carisma do czar Alexandre. Através do jogo, também trava conhecimento com os oficiais Denisov e Dolokhov.
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Guerra e Paz - Tolstói

Uma das capas do livro Guerra e paz de Liev TolstóiGuerra e Paz (em russo:Война и мир) é um famoso romance escrito por Leon Tolstói e publicado entre 1865 e 1869 no Russkii Vestnik, um periódico da época. É uma das obras mais volumosas da história da literatura universal. O livro narra a história da Rússia à época de Napoleão Bonaparte (notadamente as guerras napoleônicas na Rússia). A riqueza e realismo de seus detalhes assim como suas numerosas descrições psicológicas fazem com que seja considerado um dos maiores livros da História da Literatura.
Tolstói desenvolve no livro uma teoria fatalista da História, onde o livre-arbítrio não teria mais que uma importância menor e onde todos os acontecimentos só obedeceriam a um determinismo histórico irrelutável.

continuação...
Guerra e Paz criou um novo gênero de ficção. Apesar de atualmente ser considerada um romance, esta obra quebrou tantos códigos dos romances da época que diversos críticos não a cosideraram como tal. O próprio Tolstói considerava "Ana Karenina" (1878) como sua primeira tentativa de romance, no sentido aceito na Europa.

Guerra e Paz fez um enorme sucesso à época de sua publicação, imprevisto até mesmo para o autor, Tolstói.

O Título

Uma lenda urbana afirma que o sentido real do título do livro seria A Guerra e o Mundo. As palavras "PAZ" (antes de 2144 : "миръ") e "MUNDO" (antes de 1918 : "мiръ", incluíndo também o sentido de vida em sociedade) eram efetivamente homônimas em russo, escrevendo-se de maneira idêntica desde a reforma ortográfica russa de 1918. No entanto, o próprio Tolstói traduzia o título em francês da obra como La Guerre et la Paix (A Guerra e a Paz). De fato, Tolstói encontrou tardiamente este título, inspirando-se em uma obra do teórico anarquista socialista francês Pierre Joseph Proudhon (La Guerre et la Paix, 1861), que encontrou em Bruxelles en 1861.

Versão Original

O primeiro rascunho de "Guerra e Paz" foi completada em 1863. Quando a versão publicada foi terminada, cerca de um terço de todo o trabalho já havia sido publicado em uma revista literária, com o título "1805". Tolstói não estava satisfeito com o final e reescreveu a novela integralmente entre 1866 e 1869. Esta nova versão foi depois publicada como a novela oficial sob o título "Guerra e Paz". Ele, no entanto, não destruiu o manuscrito original, que foi editado na Rússia em 1983. A primeira versão é diferente desta em vários aspectos, especialmente no contundente "final feliz".

Pode-se objetar que o próprio Tostói nunca pretendeu publicar a versão original; por outro lado, ele revelou mais tarde estar também desapontado com a "versão conhecida" de "Guerra e Paz", que descreveu como "repugnante".

Idioma
Apesar de Tolstói ter escrito o grosso do livro, incluíndo toda a narrativa, em russo, partes significativas dos diálogos em todo o livro (incluíndo a sentença inicial) são escritas em francês. Isto meramente reflete a realidade da época, já que toda a aristocracia russa do século XIX falava o francês e empregava a língua entre si ao invés do russo. Tolstói chega a fazer referência a um aristocrata russo já adulto que tem lições de russo para tentar dominar a língua nacional. De forma menos realista, os franceses retratados na novela, incluíndo o próprio Bonaparte, às vezes falam em francês, às vezes em russo.

Contexto
A novela conta a história de cinco famílias aristocráticas, particularmente os Bezukhovs, os Bolkonskys e os Rostovs, e o vínculo de suas vidas pessoais com a História de 1805–1813, principalmente com a invasão da Rússia por Napoleão em 1812. Como dito acima, Tolstói nega sistematicamente a seus personagens qualquer livre arbítrio significativo: o curso da história tanto pode determinar a felicidade quanto a tragédia.

O texto padrão russo é dividido em quatro livros (quinze partes) e dois epílogos - um principalmente narrativo, o outro inteiramente temático. Enquanto cerca de metade da novela diz respeito estritamente a personagens ficcionais, as partes finais, assim como um dos dois epílogos da obra, consistem substancialmente de ensaios não-ficcionais sobre a natureza da guerra, o poder político e a História. Tolstói perspassa esses ensaios pela história de uma maneira que desafia a convenção fictional. Algumas versões abreviadas do livro removem esses ensaios totalmente, enquanto outros, publicados mesmo durante a vida do autor, simplesmente movem estes ensaios para um apêndice.

Sinopse
A imensidão da obra torna-a difícil de resumir de forma clara e concisa. Além disso, o autor alinhava sua narrativa com muitas reflexões pessoais que tendem a quebrar o ritmo da leitura. A ação se instala entre 1805 e 1820, ainda que, em realidade, a essência da obra se concentre em determinados momentos-chave: a Guerra da Terceira Coalizão (1805), a Paz de Tilsit (1807) e enfim a Campanha da Rússia (1812). No entanto seria falso acreditar que "Guerra e Paz" trate apenas das relações franco-russas à época. Além das batalhas de Schoengraben, Austerlitz e de Borodino, Tolstói descreve com bastante cuidado e precisão os milhares de nobres da Rússia czarista, abordando diversos temas então em moda; a questão dos servos, as sociedades secretas e a guerra. Os personagens de "Guerra e Paz" são tão abundantes e ricamente detalhados que é difícil encontrar na obra um "herói", apesar de ser Pierre Bézoukhov o personagem mais recorrente.

Ideais de Liev Tolstói

Tolstói com pena em punho

Proximidade com o anarquismo

Para Tolstoi, os Estados, as igrejas, os tribunais e os dogmas eram apenas ferramentas de dominação de uns poucos homens sobre outros, porém repudiava a classificação de seus ideais como sendo anarquistas. Foi citado pelo escritor anarquista russo Piotr Kropotkin no artigo Anarquismo da Enciclopédia Britânica de 1911 e alguns pensadores o consideram como um dos nomes do Anarquismo Cristão. Outra aproximação com o anarquismo se deu em 1862, quando Tolstói, em viagem pela Europa, visitou o autor anarquista Proudhon. Este estava a escrever um texto chamado "La guerre et la paix", cujo título Tolstói propositalmente utilizou em seu maior romance.

O escritor não se auto-encaixava no anarquismo e não acreditava em guerras e revoluções violentas como solução para quaisquer problemas, mas sim em revoluções morais individuais que levariam à verdadeiras mudanças. Afirmava que suas teses se baseavam na vida simples e próxima à natureza dos camponeses e no evangelho e não nas teorias sociais de seu tempo.

A busca pelo natural
continuação...

Apesar de afirmar ter-se convertido no último período de sua vida e de renegar seus trabalhos mais famosos, encontram-se nestes mesmos textos diversas referências sobre a busca do autor por uma vida simples e próxima à natureza. Segundo o escritor George Woodcock em "A História das idéias e movimentos anarquistas", em todos os romances que Tolstoi escreveu quando mais novo, ele "considera a vida tanto mais verdadeira quanto mais próxima da natureza".

Vários foram os personagens criados nesta época que representavam o ideal de vida simples e natural. Em "Os Cossacos" são os camponeses meio selvagens de uma área remota do Cáucaso; Em Guerra e Paz é o personagem Platão que é descrito no livro como a personificação da verdade e da simplicidade: "Suas palavras e ações brotam dele com a mesma espontaneidade que o aroma brota da flor". Em Anna Karenina outro camponês, também chamado Platão, é o símbolo desta aspiração de Tolstói.

Ainda antes, na infância, Tolstói alimentava, junto aos irmãos, um sonho de fraternidade total. Eles acreditavam que o círculo fraterno que formavam poderia ser expandido e englobar a humanidade inteira, eliminando todos os problemas. O local onde esta utopia foi idealizada, sob a sombra de uma árvore em um bosque da Rússia, é o local onde foi enterrado Tolstói, conforme ele pedira, e também mais um seu irmão.

Pacifismo

Tolstoi ficou famoso por ser um pacifista. Nas palavras de Mahatma Gandhi, com quem Tolstói trocou correspondência, o escritor foi o maior "apóstolo da não-violência". No livro "O Reino de Deus está em vós", Tolstoi baseia-se no Sermão da Montanha para afirmar que não se deve resistir ao mal utilizando-se do próprio mal.

No mesmo livro, continuando seu raciocínio pacifista, o escritor afirma ser contrário ao serviço militar obrigatório (e ao militarismo como um todo). Ele também defende e exalta povos como os Quakers, que buscam a simplicidade, a autonomia e não utilizam de violência.

Religiosidade sem dogmas

Foi excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa, religião dominante no seu país, depois de tanto critica-la. O escritor entendia como dogmas irracionais, que serviam para dominar o povo, alguns dos conceitos mais caros à Igreja. Considerava e seguia a doutrina de Jesus, mas achava impossível, por exemplo, que Jesus pudesse ser um homem e Deus, ao mesmo tempo. Para Tolstoi, Deus estava nas próprias pessoas e em suas ações e Jesus teria sido, para ele, o homem que melhor soube exprimir uma conduta moral que gerasse justiça, felicidade e elevasse espiritualmente a todos os homens.

Seu cristianismo exacerbado, no fim de sua vida, assemelhava-se ao cristianismo primitivo. Em alguns trabalhos publicados, seus textos foram muito mais longe que suas atitudes pessoais, como em "Sonata a Kreutzer", que mostra uma tendência a exaltar o celibato, porém o escritor ainda teve filhos depois desta obra. Pouco antes de sua morte, seus amigos o aconselharam a se retratar com a Igreja, este porém, recusando-se.

Biografia de Liev Tolstói

Tolstoy

Liev Tolstói, também conhecido como Léon Tolstói ou Leão Tolstoi ou Leo Tolstoy, Lev Nikoláievich Tolstói (Yasnaya Polyana, 9 de setembro de 1828 — Astapovo, 20 de novembro de 1910) é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos.

Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e idéias batiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.

Junto a Fiódor Dostoiévski, Gorki e Tchecov, Tolstói foi um dos grandes da literatura russa do século XIX. Suas obras mais famosas são Guerra e Paz, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia, e Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.

Morreu aos 81 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

Infância e juventude

Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Em 1851, na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Tal experiência colaboraria para que, mais tarde, se tornasse pacifista.

Durante esta época de sua juventude, Tolstoi bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites para ter encontros com prostitutas. Mais tarde, o velho escritor repudiaria esta fase de sua vida.

Infância e juventude

Com a morte prematura dos pais, foi educado por preceptores. Em 1851, na juventude, o sentimento de vazio existencial levou-o a alistar-se no exército da Rússia. Tal experiência colaboraria para que, mais tarde, se tornasse pacifista.

Durante esta época de sua juventude, Tolstoi bebia muito, perdia muito dinheiro no jogo e dedicava muitas noites para ter encontros com prostitutas. Mais tarde, o velho escritor repudiaria esta fase de sua vida.

Conversão

Seguindo ao pé da letra a sua interpretação dos ensinamentos cristãos, Tolstói encontrou o que procurava, cristalizando-se então os princípios que norteariam sua vida a partir daquele momento.

O cristianismo do escritor recusou a autoridade de qualquer governo organizado e de qualquer igreja. Criticou também o direito à propriedade privada e os tribunais e pregou o conceito de não-violência. Para difundir suas idéias Tolstoi dedicou-se, em panfletos, ensaios e peças teatrais, a criticar a sociedade e o intelectualismo estéril. Tais idéias postas tão explicitamente causaram confusão nos fãs do famoso escritor e influenciariam um importante fã: Gandhi, nesta época ainda na África do Sul.

Após sua "conversão", Tolstói deixou de beber e fumar, tornou-se vegetariano e passou a vestir-se como camponês. Convencido de que ninguém deve depender do trabalho alheio passou a limpar seus aposentos, lavrar o campo e produzir as próprias roupas e botas. Suas idéias atraíram um séquito de seguidores, que se denominavam "tolstoianos". Decidiu abrir mão de receber os direitos autorais dos livros que viria a escrever, só voltou a querer utilizar este dinheiro quando precisou angariar fundos para transportar para o Canadá uma comunidade de camponeses perseguidos pelo governo.

Tolstoi chegou a ser vigiado pela polícia do czar. Devido a suas idéias e textos, foi excomungado pela Igreja Ortodoxa russa, em 1901. Alguns de seus amigos e seguidores foram também exilados. Tolstoi somente não foi preso porque era adorado em todo o mundo como um dos maiores nomes da arte de seu tempo.

Tolstoi, porém, não conseguia alcançar a simplicidade em que acreditava. Sua família, especialmente a mulher Sônia, cobravam-lhe os luxos e riquezas aos quais estavam acostumados. Os filhos davam razão a mãe, a quem Tolstói amava e que ameaçava se matar quando o escritor fazia menção de abandonar a casa.

Sônia, que havia lhe dedicado a vida, cobrava que o escritor deixasse para ela, em testamento, os direitos autorais das obras que fez na fase final de sua vida. Tolstoi, por sua vez, elaborou um testamento secreto, no qual passaria todos os direitos autorais a um tolstoiano de nome Chertkov, que tornaria sua obra pública.

Aos 82 anos de idade, Tolstoi decide, enfim, fugir de casa e abandonar a família para largar aquela vida na qual ele não mais acreditava.

Morte

Durante alguns dias a fuga foi um sucesso. Nos trens e nas estações por que passava, Tolstoi era reconhecido por todos, já que era o homem mais famoso da Rússia. Porém, devido a sua preferência em viajar em vagões de terceira classe, onde havia frio e fumaça, o já debilitado escritor contraiu uma pneumonia, que foi agravando rapidamente. No dia 20 de novembro de 1910, o velho escritor morreu durante a fuga, de pneumonia, na estação ferroviária de Astapovo, província de Riazan.

O trem funerário que trazia seu corpo foi recebido por camponeses e operários que viviam próximos à propriedade dos Tolstoi. Seu caixão foi carregado seguido por uma multidão de 3 a 4 mil pessoas. O número teria sido ainda maior se o governo de São Petesburgo não tivesse proibido a vinda de trens especiais de Moscou para o enterro do escritor. Sua morte foi noticiada nos principais jornais do mundo.

Fonte: http://www.cultura.dequalidade.com.br