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A Cabeça de Steve Jobs - Leander Kahney

Ao mesmo tempo uma biografia e um guia de liderança para os novos tempos, ele ensina como você pode criar sua própria cultura de inovação.

cabeca-steve-jobs-207x300Sinopse:

Quando se fala de Steve Jobs é normal enfocar suas tendências de descontrole ou sua propensão para o discurso retórico e para gritar quando frustrado, mas isso é muito superficial para se entender sua mente. O fato é que Steve Jobs:1) Revolucionou indústria do computador pessoal (na década de 1970 com o Apple II e na década de 1980 com o Mac); 2) Criou o mais bem sucedido estúdio de filmes animados do mundo (Pixar); 3) Impactou dramaticamente a indústria musical nos anos 2000 (com o iPod e o iTunes); 4) Transformou a Apple Computer de empresa falida a uma das 500 maiores empresa do mundo. Em outras palavras, seja o que for dizer sobre o comportamento de Steve Jobs, este bilionário deve estar fazendo alguma coisa certa. Ele gerou também um impressionante registro de milhões de dólares em vendas de produto. Jobs teve sucesso onde muitas outras empresas altamente competentes tropeçaram e caíram.

A Cabeça de Steve Jobs
escrito por Sérgio Miranda em 12 de dezembro de 2008

Biografias de personalidades controversas, como Steve Jobs, existem aos montes, a grande maioria delas centrada em um ponto básico: fofocas de bastidores, contadas por outras pessoas que não o biografado, várias delas anônimas, para evitarem confrontos. Em parte, o livro A Cabeça de Steve Jobs, publicado no Brasil pela Editora Agir, foge desse padrão, já que procura ficar longe daquelas conversas paralelas e prefere focar o lado mais empresarial do CEO da Apple. Claro que há muitos depoimentos de pessoas que convivem ou conviveram com ele, mas na maior parte do tempo, quem fala é o próprio Jobs.

O livro foi escrito por um especialista em tecnologia e em Apple, Leander Kahney, editor do Wired.com e autor de outros livros relacionados ao tema, Cult of Mac e Cult of iPod, que foram distribuídos de graça na internet (em inglês) pouco antes do lançamento de A Cabeça de Steve Jobs. Aliás, este é o pequeno pecado desse livro: lançado nos Estados Unidos em 2007, ele chega agora traduzido sem diversas informações atualizadas, que acabam por derrubar algumas poucas afirmações, principalmente quando o assunto é o iPhone. É chato ter de ler que o celular da Apple “talvez não dê certo”.

O mais interessante de A Cabeça de Steve Jobs é seu tom didático, quase de auto-ajuda. Não por isso, o subtítulo da obra é “As lições do líder da empresa mais revolucionária do mundo”. O objetivo é demonstrar, a partir da experiência e da personalidade de Jobs, que atributos são importantes para vencer no mundo dos negócios globalizados. Pode parecer indicado apenas para empreendedores ou executivos em começo de carreira, mas também é uma boa leitura para quem deseja entender como a Apple saiu da rota da falência iminente para ser o que é hoje. Outro ponto a ser destacado é que, por não ser uma biografia comum, a apresentação não é uma linha do tempo tradicional, começo meio e fim, mas um vaivém, mostrando o que deu certo e o que fracassou na Apple e como Jobs conseguiu corrigir o rumo da empresa.

O jeitão “auto-ajuda” está bem presente no final de cada capítulo do livro, em que podemos encontrar um resumo dos tópicos mais importantes tratados. Batizados de “Lições de Steve”, eles mostram o que de mais importante aprendemos com os defeitos e qualidades do CEO da Apple, como “manter o foco”, “saiba dizer não”, “troque idéias”, entre outros.

Outro ponto bastante positivo desse livro é a sua tradução, feita por Maria Helena Lyra. Depois de ler alguns absurdos em A Segunda Vinda de Steve Jobs, da Editora Globo (The Second Coming of Steve Jobs), é gratificante ver um texto bem cuidado e traduzido. Há algumas piadas para nerds que acabaram não sendo explicadas para o público leigo, como a dos fãs do Newton que, revoltados com a decisão da Apple de acabar com o projeto, carregavam cartazes com os dizeres “Newton é meu Piloto” (em inglês, Newton is My Pilot, sendo que Pilot era o nome do primeiro Palm). Mas dá para perdoar.

Origem: macmais.terra